CGTP solicita reunião com Luís Montenegro

A CGTP-IN solicitou esta segunda-feira uma reunião com o primeiro-ministro, sobre a a exigência de retirada do pacote laboral.

RTP /
Foto: Carla Quirino - RTP

Em comunicado enviado à redação, da RTP, a intersindical invocou "a realidade com que a maioria dos trabalhadores se confronta e a exigência de retirada do pacote laboral que, de forma inequívoca, se expressou na Greve Geral de 11 de Dezembro", para justificar a iniciativa.

"Numa altura em que a situação laboral é pautada pelos baixos salários, os horários cada vez mais longos e desregulados, a precariedade dos vínculos, a negação do pleno exercício do direito de contratação colectiva, entre outras e negativas condições que do trabalho se transportam para vida e desta forma condicionam o próprio desenvolvimento do país, a CGTP-IN afirma que é tempo do Governo retirar o pacote laboral" explicou.

"As alterações à legislação laboral apresentadas, não só não respondem às necessidades que actualmente se colocam, como, caso fosse aprovado, agravariam o que de pior afecta a vida dos que todos os dias produzem a riqueza e garantem os direitos que fazem o país avançar" acrescentou o comunicado.

"A Greve Geral do passado dia 11 de Dezembro, pela muito expressiva adesão que teve, é um sinal inequívoco de rejeição ao pacote laboral e de exigência de uma inversão no rumo seguido ao longo das últimas décadas", referiu ainda.
A greve geral de 11 de dezembro foi convocada pela CGTP-IN e pela CGTP, contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo e que estão a ser discutidas em Concertação Social.

Sexta-feira, 12 de dezembro, um dia após a greve, a ministra do Trabalho convocou a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, 16 de dezembro, referindo que pretende continuar as negociações sobre o anteprojeto do executivo para a reforma da legislação laboral.

Ao comentar a convocação da ministra do Trabalho, o secretário-geral adjunto da UGT referiu que, para que haja sucesso nas negociações, estas devem voltar à estaca zero

Sérgio Monte acusou ainda o Governo de, neste processo, estar a querer negociar com o sindicato textos complexos e de difícil interpretação.

O governo rejeitou esta manhã o regresso à estaca zero do pacote laboral.
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